Condomínio


O índice de descargas atmosféricas em Juiz de Fora vem aumentando significativamente nos últimos meses, o que preocupa os especialistas. As descargas atmosféricas ocorrem cerca de 80 dias do ano, índice que é considerado elevado.

Diversos fatores vêm contribuindo para este aumento de descargas atmosféricas como relevo, altitude, umidade do ar e a proximidade com a Mata Atlântica. Segundo o professor Paschoal Roberto Tonelli, do departamento de energia elétrica da UFJF muitas vezes, por falta de conhecimento técnico, as pessoas acreditam que só com a instalação de um Pára-raios pode-se evitar danos causados pelas descargas atmosféricas. Ele explica que muitos prédios tem sido entregues aos proprietários sem nenhuma proteção contra descargas, e quando possuem, estão geralmente fora das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas. Na cidade, existe uma lei municipal que dispõe sobre a necessidade de sistema de segurança contra raios, a chamada lei de prevenção e combate a incêndios que aborda o assunto, mas segundo o professor tem alguns pontos contraditórios.

O professor Luiz Carlos Tonelli também do Departamento de Engenharia Elétrica da UFJF comenta que os Pára-raios Franklin, atualmente o mais utilizado nas edificações, é apenas um dos elementos captores componentes de um sistema de proteção contra essas descargas. Outros elementos como terminal aéreo cabos de cobre nu são de suma importância.

O professor Paschoal Tonelli Ressalva que um projeto mal feito de proteção contra descargas atmosféricas pode causar danos sérios aos proprietários. Deve existir uma maior conscientização por parte das construtoras, condomínios e mesmo particulares durante a elaboração de projetos de S.P.D.A (Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas) para que eles sejam concebidos dentro das normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas.


Colaboração Professor Engenheiro Luiz CarIos Tonelli, Universidade Federal de Juiz de Fora
FONTE: Jornal Diário Regional